Há mais ou menos um ano trocamos o forno de microondas daqui de casa. O anterior já batia cartão há mais de 15 anos e pifou, sem maiores explicações e possibilidade de conserto. O jeito foi apelar para a máxima de “rei morto, rei posto”, afinal de contas a vida moderna sem microondas é bem mais complicada.
Assim que o novo aparelho chegou, com sua nova tomada de três pinos respeitando a nova regulamentação brasileira logo arranjei um adaptador. Porque, a cozinha não passou pela reforma do apê e ainda conta com as tomadas antigas. E posso dizer que tudo correu bem ao longo deste último ano.
Mas, em uma sexta feira de setembro (sempre na sexta, notem bem), ao chegar em casa o marido reparou que o microondas estava desligado. Por que?
Ao verificarmos a tomada encontramos a explicação: um adaptador derretido e colado à tomada original do aparelho. Que coisa mais chata! Tentamos – em vão – retirar o adaptador com auxílio de uma chave de fendas, o que só fez piorar. Um dos pinos saiu junto com o tal adaptador.
Levei o aparelho à assistência técnica autorizada da Brastemp – que devo dizer, recebi um atendimento nota 10. O técnico me informou que é relativamente comum acontecerem derretimentos de adaptadores, principalmente em microondas e condicionadores de ar. No meu caso, seria necessário trocar o cabo do aparelho, pois havíamos danificado a tomada, mas que em muitos outros basta tirar o adaptador quebrado que tudo volta a normalidade. Uma semana (sofrida) sem microondas, um preço justo cobrado pela assistência e final da questão.
Fim de conversa? Nada disso!
Minha suposição “engenheirística” é de que muitos adaptadores disponíveis no mercado não são fabricados com materiais resistentes/compatíveis com a voltagem dos nossos aparelhos. Há alguns modelos mais “parrudos”, que prestam-se ao serviço, mas por via das dúvidas vale trocar as tomadas “antigas” por outras novas, principalmente as que abrigam aparelhos de 20 ampères.
Mas não tenho como não deixar frisado que, embora mais completa, esta também é uma solução “meia boca”: as novas tomadas são desenhadas para receberem duas entradas de fase (ou neutro no caso de 127V) e uma entrada de aterramento, colocada no pino central. Infelizmente, na maior parte das construções antigas, o aterramento não está disponível pois não foi feito de modo prévio antes da construção de casas e edifícios. Ou seja, temos em voga mais uma legislação que promove os ”buracos vazios” do fio terra, propondo soluções aparentemente modernas mas de eficiência duvidosa. Muito triste.
Um beijo